Melhor saber logo, do que comer de olhos vendados!
Muito se tem falado dos alimentos embutidos, ou carnes processadas. Carne processada é considerada toda a carne que tenha sido transformada por meio de salga, secagem, fermentação, defumação ou outros processos para realçar o sabor ou melhorar a conservação. Carnes processadas contêm maior quantidade de carne de porco, mas também podem ter outras carnes vermelhas, aves, vísceras ou produtos como o sangue.
A lista de embutidos é extensa, como exemplo temos: peito de peru, mortadela, presunto, salame, rosbife, salsicha, linguiça, carne enlatada, carne seca, carne de charque, bacon, hamburguer, nuggets e muitos outros produtos novos, que cada dia mais aparecem mercado.
Esses produtos possuem em sua composição itens como:
- Fécula de mandioca: que funciona como emulsificante
- Maltodextrina: que melhora o sabor do produto
- Proteína isolada de soja: que oferece consistência
- Aroma de fumaça: que dá aroma defumado ao produto
- Tripolifosfato de sódio: funciona como estabilizante. Além disso, aumenta a chance de desenvolver hipertensão arterial, por aumentar o consumo de sódio.
- Glutamato monossódico: ajuda a realçar o sabor. Também, aumenta a chance de desenvolver hipertensão arterial, onde seu consumo está relacionado com dor de cabeça, tontura, azia, dor abdominal, palpitações, vertigem, entre outros sintomas.
- Nitrito de sódio: funciona como conservante. Mas ao ser transformado em nitrosamina, aumenta o risco do surgimento de diversos tipos de cânceres.Vale um alerta de que muitos fabricantes usam uma quantidade de nitrito superior ao permitido pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pelo fato de estarmos em um país tropical, portanto, o clima quente favorecer a decomposição mais rápida do produto, esse fato leva os fabricantes a abusarem nas dosagens.
- Carmim de cochonilha: é um corante. E muitos não sabem, mas vem de um inseto, que após ser processado, oferece coloração rosa ao produto
Sal: intensifica o sabor e tem ação desidratante que ajuda no processo de conservação por reduzir a proliferação de micro-organismos. No Brasil, recomendações mínimas de consumo não existem, entretanto, as principais agências internacionais de pesquisas indicam evitar o seu consumo.
Em outubro de 2015 a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou alimentos processados como cancerígenos para os seres humanos, a carne vermelha não escapou da análise dos cientistas — ela foi considerada fator de risco provável para o desenvolvimento do câncer.
O estudo mostrou que, quanto maior for o consumo de embutidos, mais probabilidade de se desenvolver o câncer colorretal, pois, cada porção de 50 gramas de embutido (o que equivale à metade de um bife), aumenta o risco de se adquirir a doença em 18%.
Já o consumo de 100 gramas de carne vermelha aumenta o risco em 17%. Segundo o estudo, as carnes processadas agora estão no mesmo patamar de carcinogênicos como: tabaco, amianto e fumaça de óleo diesel. Já a carne vermelha (de boi, porco, carneiro, bode e cavalo) é comparada a substâncias presentes em herbicidas.
Segundo a OMS, o câncer colorretal (que afeta parte do intestino grosso e o reto), é hoje o segundo mais diagnosticado em mulheres e o terceiro em homens, matando 694 mil pessoas por ano. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2014, foram detectados 32,6 mil novos casos dessa doença, sendo 15 mil em homens e 17,5 mil em mulheres.
A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável se for detectada precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Por esse e outros motivos, as carnes salgadas e defumadas, embutidos e alimentos industrializados devem ser evitados, por conta do excesso de sal e a presença de conservantes.
Os estudos e descobertas reforçam as recomendações atuais para limitar o consumo de carne, por isso, faça escolhas alimentares conscientes!
Está em suas mãos a decisão do que colocar em sua mesa, pois é possível sim se alimentar de forma saudável, sem consumo de embutidos e carnes de qualquer espécie.